terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Há 7 anos, Inter pintava o Mundo de vermelho


Relembre o titulo mundial

Fernandão ergue a taça
O torcedor Colorado nunca irá se esquecer do dia 17 de dezembro. Foi nesta data em 2006 que o Colorado conquistou o título mundial, ao bater o todo poderoso Barcelona. 

O duelo disputado em Yokohama completa nesta terça-feira, exatos 7 anos. E para comemorar o dia mais importante da história do Internacional, vamos relembrar o título Colorado.


A expectativa da nação colorada
O dia 17 de dezembro de 2006 amanheceu agitado em Porto Alegre. Pelas ruas da capital gaúcha, a atmosfera era de Copa do Mundo, e apesar do horário atípico para uma partida de futebol, os bares e lares colorados estavam movimentados. Havia uma grande mobilização da torcida para o maior jogo da história do Internacional. Do outro lado do mundo, em Yokohama, no Japão, já era noite. O mundo esportivo aguardava com expectativa pelo início do duelo entre os campeões da América e da Europa. Inter e Barcelona eram os grandes finalistas do Mundial de Clubes FIFA de 2006.

O Inter cruzou o globo determinado a lutar com todas as forças pelo inédito título mundial. Era uma oportunidade que não poderia ser desperdiçada, afinal, não foi fácil chegar até lá. Para tanto, os jogadores mantiveram uma grande mobilização desde o primeiro dia em solo japonês.

Iarley o guerreiro da final

Duelo histórico em Yokohama
Foi difícil de controlar a ansiedade a expectativa, mas o dia do confronto mais importante da história colorada chegou, Era hora de lutar pela maior das taças. Inter e Barcelona se encontraram pela segunda vez na história (a primeira havia sido em 1982, na Taça Joan Gamper), agora para decidir o Mundial de Clubes FIFA. O palco do duelo, o Estádio Nacional de Yokohama, estava lotado. O cerimonial foi ao melhor estilo 'Copa do Mundo'. É o jogo que todo time sonha disputar, e lá estava o Colorado!


Dedo de Fernandão na escalação
A magnitude do confronto eram tão grande que qualquer estratégia diferente do comum podia ser o diferencial na partida e pensando nisso, um jogador mudou as características Coloradas. O capitão Fernandão em uma conversa com o então técnico Abel Braga, optou por jogar mais recuado dando liberdade para a jovem promessa Alexandre Pato e para Iarley que viria a ser decisivo naquela final.
“Conversando com o Abel Braga (então técnico), achei melhor atuar no meio-campo. Eu sabia que o jogo seria muito mais de contra-ataque do que de bola parada. Precisávamos da velocidade do Pato e do Iarley na frente” disse Fernandão.

O jogo:

O duelo mais importante da história do Internacional começou muito estudado com as duas equipes apenas analisando uma a outra para entender suas estratégias. Com a passar do tempo as equipes foram se soltando e a emoção tomando conta dos torcedores a cada ataque desperdiçado por Inter ou Barcelona.

Comandando por Ronaldinho, para muitos o melhor jogador do mundo, o Barça era perigosíssimo em suas investidas ao ataque. O Colorado por sua vez apostava nos contra-ataques para chegar ao gol.

Gabiru comemorando gol 
O tempo passava e as poucas oportunidades claras de gol iam dando tons dramáticos a decisão. Na segunda etapa já esgotado de tanto "lutar", Fernandão deixou o gramado com câimbras, para a entrada de Adriano Gabiru. A essa altura o cronometro já marcava 30 minutos do segundo tempo.

Seis minutos mais tarde, o que muitos não acreditavam aconteceu, após um chutão de Indio para frente, Luiz Adriano que havia entrado no lugar de Pato deu um leve desviou de cabeça, a bola caiu nos pés de Iarley que partiu pra cima de Puyol e Rafa Marques, já na entrada da área Gabiru abriu no lado esquerdo, Iarley viu e o lançou, o camisa 16 chutou na saída de Valdés que ainda tocou na bola, mas não tinha jeito. O gol Colorado saiu, a explosão dos Colorados espalhados nas arquibancadas do estádio de Yokohama, ou nas ruas do Rio Grande era imensurável, o Inter fazia o impossível se tornar real, o sonho se tornar realidade. 

Porem ainda restavam 10 minutos e foi ai que Iarley, fundamental no gol apareceu novamente. O camisa 10 do Internacional ditou o ritmo da partida, segurou a bola no ataque cavou escanteio, lateral, faltas e manteve o Inter com  a vantagem no placar. Os jogadores já esgotados pelo cansaço, tiravam forças de onde quase impossível para manter o Colorado em vantagem e a história Colorada foi escrita como nunca antes fizera.

Jogadores comemoram o título

O Mundo é vermelho!!!
Quando o arbitro apitou o final da partida, a festa tomou conta do gramado, das arquibancadas e de todos os lugares onde havia ao menos um Colorado.
O momento mais esperado pelos milhões de Colorados espalhados pelo Mundo, aconteceu as 21h38 do Japão, 10h38min do Brasil, quando Fernandão ergueu a taça de campeão de do mundo. Agora era oficial, o Inter estava entre os maiores da história.

Fernandão quando o avião pousou
O retorno dos guerreiros
De volta ao Brasil dois dias depois da decisão, o Inter teve uma recepção extraordinária, com milhares de colorados tomando as ruas desde o desembarque na Base Aérea de Canoas até o Beira-Rio. Bandeiras espalhadas pelas janelas dos prédios, pessoas chorando e muita festa. Era algo inacreditável, o mar vermelho tomava conta de Porto Alegre. 

O ponte de encontro era o Beira-Rio e ao chegar no estádio, os jogadores tiveram mais uma grata surpresa. As arquibancadas do Gigante estavam lotadas, como se fora um dia de jogo, para recepcionar os heróis. Eles já haviam se impressionado ao sobrevoar os estádio minutos antes de avião, mas ao adentrar o Beira-Rio, foi algo memorável.
Fernandão e Clemer comandam torcida
“Foi impressionante a nossa chegada ao estádio. Ali percebi a real dimensão do título. Foi uma festa inesquecível”, afirmou Fernandão, que comandou a celebração entoando uma canção que foi o hino da conquista – 'Oh, vamo, vamo, Inter'. “Me deram o microfone para eu falar com a torcida. Tive a ideia de cantar, pois esta música nos acompanhou durante toda a jornada no Japão”, revelou o ídolo. 


Confira o jogo na integra:



Ficha técnica da Partida:

Internacional (1): Clemer; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Rubens Cardoso; Edinho, Wellington Monteiro, Alex (Vargas) e Fernandão (Adriano); Alexandre Pato (Luiz Adriano) e Iarley. Técnico: Abel Braga.

Barcelona (0): Valdes; Zambrotta (Beletti), Márquez, Puyol e Van Bronckhorst; Motta (Xavi), Iniesta e Deco; Giuly, Gudjohnsen (Ezquerro) e Ronaldinho. Técnico: Frank Rijkaard.

Gol: Adriano, aos 36 min do segundo tempo para o Internacional.

Arbitragem: Carlos Batres (Guatemala), auxiliado por Carlos Pastrana (Honduras) e Leonel Leal (Costa Rica).

Cartões amarelos: Índio, Iarley e Adriano pelo Internacional; Motta pelo Barcelona.

Local: Estádio Internacional de Yokohama, no Japão.

Público: 67.128.  

Confira o grupo campeão mundial:

De pé: Alexandre pato, Indio, Edinho, Wellington Monteiro, Fabiano Eller e Clemer
Abaixados: Ceará, Iarley, Alex, Fernandão e Rubens Cardoso

Goleiros
1 - Clemer
12 - Renan
22 - Marcelo Boeck

Laterais
2 - Ceará
6 - Martín  Hidalgo
21 - Elder Granja
15 - Rubens Cardoso

Zagueiros
4 - Fabiano Eller
3 - Índio
13 - Ediglê

Volantes
8 - Edinho
5 - Wellington Monteiro
14 - Fabinho
20 - Perdigão
17 - Vargas

Meias
16 - Adriano
7 - Alex

Atacantes
9 - Fernandão
10 - Iarley
19 - Léo
23 - Michel
18 - Luiz Adriano
11 - Alexandre Pato

Comissão técnica

Treinador: Abel Braga
Auxiliar técnico: Leomir de Souza
Auxiliar técnico e observador: Roberto Moreno
Preparador físico: Paulo Paixão
Preparador de goleiros: Ilo Roxo
Auxiliar de preparação de goleiros: Giuliano Roxo
Treinador de bola parada: Chico Fraga
Coordenador de preparação física: Élio Carravetta
Auxiliares de preparação física: Anderson Paixão e Eduardo Silva
Fisioterapeutas: César Abs e Túlio Menezes
Médicos: Carlos Poisl, Luciano Ramires e Luiz Crescente
Nutricionistas: Lenice Carvalho e Cintia Carvalho
Motivador: Evandro Mota
Assessor de Imprensa do Futebol: José Evaristo Villalobos
Assistente social: Patricia Lague
Massagistas: Paulo Renato (Banha) e Juarez Quintanilha
Roupeiros: Gentil Passos e Ismael da Silva
Seguranças: Osmair Silva e Artur Borges
Vice-presidente de Futebol: Vitório Piffero
Diretor Executivo de Futebol Profissional: Newton Drummond
Supervisor de logística: Adriano Loss
Gestão do presidente Fernando Carvalho 2002-2006


Confira os confrontos da competição:



Imagens Partida: Divulgação/Inter
Imagens Chegada a POA: Jefferson Bernardes/VIPCOMM

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