sábado, 11 de fevereiro de 2012

Luigi

Giovanni Luigi mostra-se otimista com reforma no Beira-Rio: Em quatro meses obras estarão a pleno

"Torcida estará tão otimista que aumentaremos nosso quadro de associados", explica presidente colorado

Giovanni Luigi mostra-se otimista com reforma no Beira-Rio: Em quatro meses obras estarão a pleno Diego Vara/


Demora na assinatura com a Andrade Gutierrez não abala o presidente do Inter Foto: Diego Vara
Leandro Behs e Leonardo Oliveira

Em sua sala, com a persiana semiaberta, mostrando uma faixa da Avenida Padre Cacique, Giovanni Luigi conta os dias para acabar a novela mais arrastada de sua gestão. Desde que assumiu a cadeira de presidente, em dezembro de 2010, o contrato com a Andrade Gutierrez faz parte da sua agenda diária.
A última etapa do processo, a assinatura do acordo, já venceu o primeiro prazo. Luigi abriu 2012 confiante. Chegou a alertar os colorados em janeiro de que encontrariam máquinas e operários no estádio quando chegassem para assistir a Inter x Once Caldas. O jogo foi no dia 25 de janeiro e, até agora, a ação da Andrade Gutierrez no Beira-Rio se limitou a perfurações no solo para conhecer o terreno.
A demora na assinatura, porém, não abala o presidente:
— Em quatro meses, quando as obras já estiverem a pleno, a torcida estará tão otimista que aumentaremos nosso quadro de associados.
Na quinta-feira, horas antes de o time vencer o Juan Aurich, o presidente conversou com ZH. Confira trechos.
Zero Hora — O senhor mantém contatos diários com a AG? O que eles têm lhe passado sobre a assinatura do contrato?
 Giovanni Luigi — Converso duas vezes por semana com eles. Estão em fase final da montagem da SPE.
 ZH — O senhor tem algum temor que a AG não dê seguimento à obra?
Luigi — Não, nenhum. Além de terem dito para mim (que farão a reforma), disseram isso aos secretários estadual e municipal da Copa, além de afirmar o mesmo para todo o staff da Fifa. Uma empresa do tamanho dessa (AG), que está em 38 países do mundo, não se comprometeria sem que fosse cumprir. Faltam detalhes para que se consuma a formatação da SPE. Aí, imediatamente, se assina e sai a obra. Existem evidências que apontam para a resolução da questão logo. Eles alugaram uma casa aqui (no Morro Santa Tereza), que é o escritório deles, com vários engenheiros.
ZH — E o prazo para a assinatura, presidente?
Luigi — Não gostaria de falar em prazos. Os prazos do Inter já foram cumpridos. Constituímos a Comissão de Obras, passamos duas vezes a análise aos conselhos Deliberativo e Fiscal, montamos a minuta do contrato, buscamos um escritório de advocacia... A construtora também tem feito um grande esforço, mas não falaria em prazos. Agora, é esperar a montagem da SPE.
ZH — Mas a formação da SPE não está se prolongando demais?
Luigi — Dizem os especialistas em contratos de grandes obras que é demorado mesmo, está dentro do prazo médio. Esperamos que nos próximos dias esteja resolvido.
ZH — O senhor está seguro que a Copa sai em Porto Alegre e no Beira-Rio?
Luigi — Sim. Estive na casa que eles alugaram, vi todos trabalhando, sei da conversa que tiveram com o ministro (dos esportes, Aldo Rebelo), e das conversas com Estado e o Município. Estão nos finalmente. De concreto mesmo, só quando assinar.
ZH — Os engenheiros da AG já estão trabalhando no Beira-Rio?
Luigi — Na semana passada eles estiveram aqui, na área onde será o estacionamento, realizando perfurações a fim de conhecer o tipo de solo. Queriam saber que tipo de estrutura precisarão utilizar, para ir adiantando. O cronograma exato ainda não recebi, mas as obras estarão concluídas antes de dezembro de 2013.
ZH — O Beira-Rio será fechado durante o ano para a reforma?
Luigi — Em alguns momentos no Brasileirão, quando tivermos jogos fora de casa, por exemplo, 15 dias fora, eles darão uma máquina. Não deveremos deixar de jogar no Beira-Rio por causa das obras.
ZH — Quando o time principal passará a treinar nos novos gramados do Parque Gigante?
Luigi — Em 60 dias (os campos suplementares servirão para o armazenamento de equipamentos da AG e para a instalação das moradias dos operários).
ZH — A AG dá garantias de cronograma?
Luigi — Dá. Sobretudo porque a obra será feita em módulos. Teremos até mesmo a cobertura pronta até dezembro de 2013.
ZH — Até que ponto este tema causa desconforto?
Luigi — É o ônus do cargo, tem que enfrentar. Um dia é o Oscar, outro a lesão do Nei, não tem lateral-direito e está iniciando a Libertadores, é a manutenção do D'Alessandro, do Damião, freta avião para a Colômbia e o voo atrasa porque o aeroporto fechou... A obra é mais um assunto.
ZH — Se pudesse, o senhor teria desistido de sediar a Copa?
Luigi — (pausa para responder) Sou legalista. O Inter, lá atrás, assinou os convênios com a Fifa, e quero honrá-los. Não vou falar sobre hipóteses.
ZH — Paulo Odone, presidente do Grêmio, quer a Arena na Copa. Até que ponto a grenalização do tema pode prejudicar o Inter?
Luigi — É uma questão ligada à Fifa. Não depende de outros clubes ou da prefeitura. Só a Fifa tira, foi ela quem nos deu a Copa lá atrás. Vocês vão lembrar desta tarde quando tudo estiver assinado. Existem custos que não são mensuráveis. Esta é uma obra até pequena para a AG. Daqui a quatro meses, já com as obras em andamento, o torcedor terá orgulho da reforma. Nosso quadro social aumentará ainda mais com esse entusiasmo.
ZH — Há uma cláusula na qual a AG pode desistir do contrato de parceria se não conseguir formar a SPE. Isso poderá ocorrer?
Luigi — Descarto esta possibilidade. Eles conversaram com o ministro e com o LOC. Se fosse para pular fora, teriam feito isso seis meses atrás.
ZH — A assinatura ocorrerá aqui?
Luigi — Sim, aqui. Agora é rápido, tem que assinar e pronto.
ZH — O senhor sabe se a AG trará operários de fora do Rio Grande do Sul, como fez a OAS?
Luigi — Eles têm um banco de dados muito grande, remanejam com tranquilidades os seus colaboradores.
ZH — O senhor pensa em ser o presidente na reinauguração?
Luigi — Penso a cada jogo. Sei que temos que ir bem na Libertadores e no Gauchão

Crédtos da matéria: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/esportes/inter/noticia/2012/02/giovanni-luigi-mostra-se-otimista-com-reforma-no-beira-rio-em-quatro-meses-obras-estarao-a-pleno-3660454.html

 

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