A seis anos Inter era campeão Mundial da FIFA
O dia 17 de dezembro de 2006 poderia ser
considerado por muitos apenas mais um dia qualquer, mas para aqueles 23
jogadores que após a batalha vivida dias antes contra o Al-Ahly, e
anteriormente na Libertadores da América de 2006, os mesmo que se deslocaram
mas de 60 mil quilômetros, que deixaram as famílias no Brasil, em busca de um
sonho. Aqueles que alem de representar uma Instituição chamada Sport Club
Internacional, representaram uma nação de cerca de 3 milhões de torcedores de
vários cantos do mundo.
Não foi um dia qualquer, a mobilização de
uma nação que existia na manhã daquele domingo de dezembro, transformou ruas em
verdadeiros mares vermelhos, fez com que pessoas desconhecidas se unissem em
busca de um único desejo, o de ser Campeão Mundial. O sofrimento que não podia
ser contido a cada minuto que antecedia aquela partida era retratado no rosto
de cada um que vivenciava aquele momento, os instantes antes de pisar o gramado
do estádio Internacional de Yokohama, já previam o que estava por vim, a emoção
de 67,128 torcedores que puderam assistir das arquibancadas, um dos jogos mais
emocionantes da história do futebol mundial. Aquele momento fez com que cada
atleta que vestiu naquele dia aquela camisa branca e vermelha, lembrasse do dia 05 daquele mesmo mês, quando ainda
estavam no ônibus em direção ao aeroporto, para pegar o avião rumo ao Japão e
milhares de torcedores cercaram os cercaram para apoiar e motivar em busca do
titulo.
Alexandre Pato deu trabalho para a marcação do Barça |
Por outra lado tentavam manter a
concentração e foco para conseguir o objetivo, que muitos diziam ser
impossível, pois do outro lado do gramado estava um dos maiores jogadores da
história, em um dos maiores times da história. A única forma de terminar com a
ansiedade era começar logo a partida e quando o arbitro Carlos Batres deu
inicio ao que seria o maior feito da história do clube, a ansiedade se
transformou em dedicação e empenho. A cada bola disputada, a cada chance
perdida, o coração de cada um batia mais forte, o que dizer então daquele
garoto de apenas 17 anos, nascido em Pato Branco no Paraná, que em apenas dois
jogos se tornou um ídolo nacional, como o jovem Alexandre pato iria se
concentrar na partida, sabendo que em um momento você pode passar de herói a
vilão. O jeito era dar o seu máximo, até que o seu corpo não aguentasse mais,
fazer com que aquela batalha, fosse a batalha da sua vida e foi isso que ele
fez, com dedicação até o meio da segunda etapa quando cansado, deu lugar a
outra jovem promessa.
Adriano Gabiru entrou no 2º tempo e marcou o gol do título |
O capitão, ídolo e experiente Fernandão
também estava exausto e deu lugar a quem seria o protagonista daquela decisão,
Adriano Gabiru conhecido por poucos, menos badalado ainda pela imprensa entrou
para transformar os 15 minutos finais do combate, nos 15 minutos mais
importantes da história do clube. Queria o destino que o gol acontecesse de um
lance despretensioso, um chutão da zaga para o ataque que acabou nos pés de
Iarley, que como uma fecha partiu em direção ao gol, com o drible fantástico
passou pelo melhor marcador do mundo e serviu Adriano Gabiru, o mesmo
desconhecido por muitos e ele em chute indefensável, transformou aquele gol no
momento mágico, o mais importante da história do clube e daqueles 23 jogadores.
A emoção tomou conta, de quem estava no estádio e de quem do outro lado do
mundo acompanhava aquele momento histórico.
Fernandão levanta a Taça do Mundial |
Veio o apito final e não era possível
conter as lagrimas, jogadores, diretores, dirigentes, todos estavam as lagrimas
no gramado de Yokohama, no momento que a taça foi erguida, o Inter entrou de
vez para o Hall dos grandes times do mundo.
O momento mais emocionante ainda estava
por vim, na viajem de volta ao Brasil, um momento mágico tomou conta do Rio
Grande do Sul, a cidade de porto Alegre estava “pintada” de vermelho e branco,
quando os jogadores desembarcaram no aeroporto e desfilaram no carro de
bombeiros, um mar vermelho tomou conta das ruas da cidade, um momento nunca
visto antes, por todos os cantos do país torcedores faziam festa, era o momento
mais esperado do clube sendo escrito naquele ano, um momento que nunca será
esquecido por ninguém que vivenciou essa história.
Confira o grupo que conquistou o titulo inédito
De pé: Alexandre Pato, Índio, Edinho, Wellington Monteiro, Fabiano Eller e Clemer; Agachados: Cerá, Iarley, Alex, Fernandão e Rubens Cardoso. |
Goleiros
1 - Clemer
12 - Renan
22 - Marcelo Boeck
Laterais
2 - Ceará
6 - Martín Hidalgo
21 - Elder Granja
15 - Rubens Cardoso
Zagueiros
4 - Fabiano Eller
3 - Índio
13 - Ediglê
Volantes
8 - Edinho
5 - Wellington Monteiro
14 - Fabinho
20 - Perdigão
17 - Vargas
Meias
16 - Adriano
7 - Alex
Atacantes
9 - Fernandão
10 - Iarley
19 - Léo
23 - Michel
18 - Luiz Adriano
11 - Alexandre Pato
Comissão técnica
Treinador: Abel Braga
Auxiliar técnico: Leomir de Souza
Auxiliar técnico e observador: Roberto Moreno
Preparador físico: Paulo Paixão
Preparador de goleiros: Ilo Roxo
Auxiliar de preparação de goleiros: Giuliano Roxo
Treinador de bola parada: Chico Fraga
Coordenador de preparação física: Élio Carravetta
Auxiliares de preparação física: Anderson Paixão e Eduardo Silva
Fisioterapeutas: César Abs e Túlio Menezes
Médicos: Carlos Poisl, Luciano Ramires e Luiz Crescente
Nutricionistas: Lenice Carvalho e Cintia Carvalho
Motivador: Evandro Mota
Assessor de Imprensa do Futebol: José Evaristo Villalobos
Assistente social: Patricia Lague
Massagistas: Paulo Renato (Banha) e Juarez Quintanilha
Roupeiros: Gentil Passos e Ismael da Silva
Seguranças: Osmair Silva e Artur Borges
Vice-presidente de Futebol: Vitório Piffero
Diretor Executivo de Futebol Profissional: Newton Drummond
Supervisor de logística: Adriano Loss
Gestão do presidente Fernando Carvalho 2002-2006
Veja todas as imagens do Inter no Japão:
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