quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Forlán desabafa e lista números para rebater críticas: 'O nível não é baixo'


Uruguaio disse que mantém média de um gol a cada duas partidas pelo Inter

Forlán desfalcará o Inter novamente por conta da seleção do Uruguai
(Foto: Tomás Hammes)
A fase de Diego Forlán volta a ser tema no Inter. O uruguaio está mesmo em um momento ruim e por isso não tem chances na equipe? O atacante resolveu dar sua versão. E contestou as críticas sofridas com números.

A forma educada de falar não foi alterada. Porém, Forlán se mostrou incomodado na entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira. Ele mesmo quem tomou a iniciativa e pediu para a assessoria de imprensa para conversar com os jornalistas. Para explicar seu período sem gols, chegou munido de estatísticas. Ao longo da entrevista, colocou diversos números sobre sua média. E mostrou que atuou em 35 partidas, tendo marcado 17 gols em 2.651 minutos, o que dá uma média de 0,48 por jogo, ou um gol a cada 155 minutos. Comparou à  temporada de 2009/2010 pelo Atlético de Madrid, quando fez 56 jogos e anotou 28 tentos, o que dá um gol a cada 158 minutos.

O atacante ainda aproveitou o momento para explicar a sua reserva. Recordou que era titular até a primeira partida contra o Atlético-PR pela Copa do Brasil – quando o Inter empatou em 1 a 1. Porém, que acabou prejudicado pela sequência de convocações para a seleção do Uruguai. Em uma destas, no jogo contra o Peru pelas Eliminatórias da Copa do Mundo no dia 8 de setembro – vitória por 2 a 1 – teve uma entorse no tornozelo direito, que o fez só retornar contra os comandados de Vágner Mancini, dia 26 de setembro. E o fato de não conseguir ter sequência foi lamentado, principalmente pelo fato de “não ser lembrado pela imprensa”:

- Eu queria vir para cá para falar. Tem se escrito e feito muitas matérias. Fiz a pesquisa e vou mostrar para vocês. Quero que vocês coloquem bem nas matérias. Disseram que faz dois meses que eu não faço gol. Tem razão. No dia 6 de setembro, antes de ir, eu estava como titular. Aí fui para seleção e me machuquei. Não joguei. Foram três semanas. Aí joguei com o Atlético-PR e empatamos. O Dunga não me colocou mais como titular. Chegou o Clemer. O Brasileiro não para, é um dos poucos que segue quando há datas Fifa. E, quando vou para seleção, fico três, quatro jogos fora do Inter. O Clemer me disse no primeiro dia que queria me utilizar contra o Fluminense, mas que, como iria para a seleção, não faria. Entendi a situação e agradeci ao treinador por me explicar. Ele disse que, quando voltasse, seria uma opção. No Atlético de Madrid, no Inter, joguei, não joguei, mas sempre respeitei. Tenho uma relação muito boa com o Clemer. Joguei o equivalente a 30 jogos. Quero que vocês coloquem. São 17 gols. A média de ano é a mesma média de 2009/2010 que fiz com o Atlético. Foi um momento ótimo. A minha media da carreira é de dois jogos e um gol.

Forlán seguiu na explanação. Recordou que, após os primeiros seis meses não foram o que todos esperavam. Inclusive ele mesmo. Reiterou que passou por uma fase de adaptação. No entanto, começou 2013 como o artilheiro do Gauchão. Novamente com os números disse que, dos 54 jogos disputados, atuou, se contar os minutos, 45 partidas (foram 4.004 minutos no total). E, se dividir os 22 gols marcados pelo número de jogos, uma média de 0,48. Sem balançar as redes desde o Salgueiro, no dia 26 de agosto, afirmou que o período ocorre justamente pela falta de continuidade:

- Ano passado se falava que todo mundo tinha esperança e que não joguei como era esperado. Eu mesmo esperava. Sou meu principal crítico. Ano passado não foi o melhor. O time não estava bem. E estava há 11 anos fora, mas não é uma justificativa. Joguei o equivalente a 15 jogos. Você soma 45 jogos, são 22 gols. Fui o goleador do Gauchão após muito tempo que um estrangeiro não conseguia. Estou falando da minha situação. Para que fique claro. Estou no Inter e muito contente. Tenho que ir embora (para a seleção). Poderia jogar no domingo, mas preciso ir com a seleção. Perderei o jogo do Botafogo, Atlético-MG e Goiás. Imagina para o treinador? Ele não pode jogar como os outros. É normal que ele pegue outros jogadores porque precisa montar o time. O Brasileirão não para. Por isso quero que coloquem bem. Não é problema com treinador. Mas não é um nível baixo. Joguei poucos jogos. Só joguei sete jogos em dois meses. Fiz gol contra o Goiás, que foi mal anulado. Fui titular contra o Atlético-PR e depois não mais. Joguei minutos. Não tive continuidade. São 340 minutos, menos de quatro jogos q não faço gol. Com continuidade é mais fácil para fazer gol. Mas os dados eu fiz e a pesquisa é essa. A estatística é essa. Você pode criticar, mas os números são esses. Minha carreira são dois jogos e um gol. Não é que o Forlán está mal. Pode acontecer que outro jogador esteja um pouco melhor. Você pode preferir um sistema de jogo. É isso. Um pouco longe, né? – brincou com a longa resposta.

O uruguaio também rechaçou qualquer descontentamento com o clube. Falou do carinho por Porto Alegre e o Inter e que, mesmo com a reserva, a situação não se modifica:
- Gosto muito do Inter. Estou aqui há um ano e meio.  Sinto-me à vontade na cidade. É muito bonita. É verdade que você gosta de jogar. Bonita ou feia a cidade, se você joga fica muito mais feliz. Mas eu gostaria de ficar.

Forlán se apresenta à seleção de Óscar Tabarez na sexta-feira. Defenderá o Uruguai na disputa da repescagem contra a Jordânia, por uma vaga na Copa do Mundo de 2014.

Fonte: Globoesporte.com

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