segunda-feira, 23 de junho de 2014

Espanha se despede da Copa com vitória sobre Austrália


Fúria vai pra casa, ao menos com 3 pontos

Terminou com dignidade a participação da seleção espanhola na Copa do Mundo do Brasil. Depois de perder as duas primeira partidas e dar adeus as chances de classificação, uma das melhores seleções dos últimos, a Espanha conseguiu sua primeira vitória no mundial diante da Austrália. Com gols de David Villa, Fernando Torres e Mata, reservas nas primeiras partidas, os espanhóis bateram a austrália e terminaram o mundial, um pouco menos abatidos.

A geração de Iniesta, Xavi e cia, que deu muitas alegrias aos espanhóis chega ao fim, mas deixa seu legado para os mais novos que em 2018 na Rússia buscaram o segundo título mundial da história do País.

O jogo:
Espanha joga melhor e larga na frente
Depois de jogos decepcionantes na Copa do Mundo a Espanha enfrentou a Austrália para terminar o mundial com dignidade, o fim de uma geração vitoriosa, que conquistou uma Copa do Mundo e duas Eurocopas não poderia terminar sem um desempenho melhor que o das primeira rodadas.

Com isso os espanhóis dominaram as ações ofensivas no primeiro tempo e criaram diversas oportunidades de gols. Com 57% de posse de bola, A Fúria arriscou 4 vezes ao gol de Ryan e conseguiu abrir o placar com David Villa. O artilheiro da Fúria na última Copa de cabeça abriu o placar.

 Mais pela gesticulação incessante dos jogadores da Espanha do que por falhas na composição do time, ficou evidente, no começo do jogo, que não era a Fúria habitual. Estava clara a falta de entrosamento - algo compreensível para uma equipe mista. De titulares, Del Bosque mandou quatro a campo: Sergio Ramos, Jordi Alba, Xabi Alonso e Iniesta. Os demais eram reservas. Passa por aí parte da explicação para as dificuldades que os campeões mundiais tiveram no começo da partida.

A Austrália começou em cima. Esticando passes, verticalizando o jogo e até marcando pressão, deu trabalho à defesa da Espanha, embora sem conseguir criar chances claras. A torcida foi no embalo. Gritou olé em trocas de passes dos Socceroos e entoou cânticos de “eliminado” para a Espanha.

O domínio australiano perdurou pelo primeiro terço da etapa. A partir daí, usando os lados do campo, aproveitando a onipresença de Iniesta pelo meio e explorando as caídas de David Villa pela esquerda, a Espanha começou a mandar na partida. Alba, em ótimo passe de Torres, poderia ter feito o primeiro gol já aos 22 minutos, mas o goleiro Ryan salvou a Austrália ao defender o chute cruzado.

A Espanha começou a trocar passes, aumentando a posse de bola e avançando o time em bloco para o ataque – caraterísticas tão suas. Villa cresceu ainda mais no jogo. E acabou abrindo o placar.

Foi aos 34 minutos. Iniesta recebeu pela direita e usou sua clarividência para perceber a entrada de Juanfran pela direita, em um passe que é a assinatura do meia, é sua carteira de identidade. O lateral dominou, olhou para a área, analisou o posicionamento da defesa australiana e encaixou o passe para Villa. De letra, o atacante mandou para o gol. Ao comemorar, beijou o escudo da camisa repetidas vezes. Era seu último jogo pela Espanha.

Lágrimas de Villa, gols de Torres e Mata
O segundo tempo pouco diferiu do primeiro. A Austrália manteve a carga ofensiva que sua relação com a bola permite. A Espanha ficou na dela, controladora, saindo para o ataque quando convinha. O jogo ficou morno. Mas teve seu momento emotivo: David Villa, ao ser substituído, por Juan Mata, caiu no choro no banco de reservas. Naquele momento, ele era um ex-jogador da Espanha.

A Austrália tentou ameaçar com McKay. O chute da entrada da área, porém, passou por cima. Fernando Torres foi mais eficiente. Recebeu de Iniesta (sempre ele) na área aos 23 minutos e só desviou do goleiro: 2 a 0. Pouco depois, Juan Mata dominou sozinho e, frente a frente com Ryan, jogou a bola entre as pernas do goleiro para fechar o placar.

Aí foi só esperar o tempo passar. A Espanha seguiu o resto do jogo fazendo aquilo que faz há seis anos, aquilo que a fez ganhar duas Euros e uma Copa: tocar a bola. E também aquilo que, na roda viva do futebol, a fez fracassar em 2014, a fez voltar para casa nesta segunda-feira, 23 de junho, o dia que marca o fim de uma era para a melhor seleção dos últimos anos.

Assista aos gols da partida:

Ficha técnica:

Austrália: Ryan; Mcgowan, Wilkinson, Spiranovic e Davidson; Mckay, Jedinak, Bozanic (Bresciano), Oar (Troisi) e Leckie; Taggart (Halloran). Técnico: Ange Postecoglou.

Espanha: Pepe Reina; Juanfran, Raul Albiol, Sergio Ramos e Jordi Alba; Xabi Alonso (David Silva), Koke, Iniesta, Santi Cazorla (Fábregas); David Villa (Mata) e Fernando Torres. Técnico: Vicende Del Bosque.

Gols: David Villa aos 36 minutos do 1º Tempo e Fernando Torres aos 24 minutos do 2° Tempo e Mata aos 37 minutos do 2º Tempo para Espanha.

Arbitragem: Nawaf Shukralla, auxiliado por Yases Tulefat e Ebrahim Saleh.

Cartões amarelos: Spiranovic e Jedinak pela Austrália; Sergio Ramos pela Espanha.

Cartões Vermelhos: Nenhum.

Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR).

Data: Segunda-feira, 23 de junho de 2014.

Horário: 13 horas (Brasília).

Nenhum comentário :

Postar um comentário