Projeto foi aprovado por 31 votos
a favor e 19 contra
O projeto de lei que concede
incentivos fiscais para financiar a instalação das estruturas temporárias do
Estádio Beira-Rio para a Copa do Mundo, foi aprovado por maioria dos votos. Em
votação realizada na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, o projeto foi
aprovado por 31 votos favoráveis a 19 contrários. Com isso as
estruturas temporárias deverão enfim sair do papel.
Agora é necessária a sanção do
governador Tarso Genro, e a definição de como as empresas interessadas no
apoio poderão participar do projeto.
O impasse sobre quem bancaria
os R$ 30 milhões necessários para criação da estruturas temporárias, fez
com que o presidente do Internacional Giovanni Luigi e o prefeito de Porto
Alegre, José Fortunati, afirmarem que existia a possibilidade de Porto Alegre
ficar fora da Copa.
Proprietário do Beira-Rio, o
Internacional poderá captar com a iniciativa privada até R$ 25 milhões para
financiar a instalação da infraestrutura complementar. De acordo com o Comitê
Gestor da Copa (CG Copa), vinculado do Palácio Piratini, quatro empresas já
teriam manifestado interesse em colaborar com o programa. As empresas que
aderirem ao programa terão descontados ICMS o valor total investido.
Os outros R$ 5 milhões
necessários para fechar a conta virão de equipamentos e estruturas já
existentes ou que serão adquiridos pela prefeitura e pelo governo estadual, com
a condição de que fiquem como legado, ou seja, possam ser usados novamente após
o evento. Uma lista com esses itens deve ser apresentada ao Ministério Público
(MP) e constará em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que deve ser
assinado por prefeitura e governo do Estado.
A prefeitura de Porto Alegre
também ganhou a autorização da procuradoria-geral do município para arcar com
15% a 20% das estruturas temporárias, desde que os equipamentos possam ser
usados pela população depois da Copa. Geradores de energia e detectores de
metais devem ser, portanto, custeados pelo poder público.
Segundo o Ministério Público,
mesmo com a aprovação da isenção fiscal o uso de recursos públicos na
construção das estruturas temporárias funcionará na forma de um empréstimo,
após a realização do mundial, o Estado deverá ser ressarcido.
As estruturas temporárias vão
abrigar, no entorno do Beira-Rio, as áreas de imprensa, energia, tecnologia da
informação e segurança, entre outras, necessárias para a organização da Copa.
Fazem parte das despesas, por exemplo, gastos com assentos, tendas,
plataformas, passarelas, cercas, iluminação, cabos, mobiliário e
divisórias. A maior parte dos itens será desmontado depois do Mundial.
Atualmente o Beira-Rio está com
98,5% das obras concluídas, nos próximos dias 5 e 6 será realizada a
reinauguração oficial do estádio, com a festa e o jogo contra o Peñarol
respectivamente. Na Copa do Mundo, o estádio receberá cinco jogos.
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